Dia do Abraço celebra o poder do afeto nas relações humanas

Comemorado anualmente em 22 de maio, o Dia do Abraço celebra um dos gestos mais simples e poderosos da comunicação humana: o toque acolhedor entre duas pessoas que compartilham carinho, conforto ou solidariedade. Em tempos de crescente digitalização das relações e crises emocionais agravadas pelo isolamento social, a data ressurge como um convite à reconexão afetiva.

A origem do Dia do Abraço é relativamente recente. Em 2004, o australiano Juan Mann decidiu sair às ruas de Sydney com um cartaz que oferecia “abraços grátis” a desconhecidos. Sua iniciativa viralizou quando o movimento foi registrado em vídeo e compartilhado na internet. Desde então, o gesto simbólico se espalhou pelo mundo como uma resposta ao distanciamento, ao individualismo e à pressa do cotidiano.

Do ponto de vista científico, o abraço tem efeitos comprovados sobre o corpo e a mente. Pesquisas indicam que abraçar por pelo menos 20 segundos pode estimular a liberação de ocitocina — conhecida como o “hormônio do amor” —, além de reduzir os níveis de cortisol, o hormônio do estresse. Ele também pode diminuir a pressão arterial, acalmar batimentos cardíacos e aumentar a sensação de segurança, sendo considerado uma forma natural e eficaz de aliviar tensões emocionais.

Psicólogos e terapeutas afirmam que o toque físico consensual, especialmente o abraço, é fundamental no desenvolvimento emocional desde a infância. Em adultos, pode funcionar como um “remédio afetivo”, com poder terapêutico nos vínculos interpessoais. Em ambientes de trabalho, famílias ou círculos de amizade, o abraço pode transformar relações, humanizar conflitos e comunicar o que palavras muitas vezes não conseguem expressar.

Apesar de parecer algo simples, o abraço também carrega significados profundos. Ele pode ser consolo em momentos de dor, celebração em tempos de alegria, saudade em reencontros ou simplesmente a afirmação silenciosa de que “você não está sozinho”. O gesto é universal, atravessa culturas, crenças e idiomas — e por isso se mantém como uma forma ancestral e legítima de conexão humana.

Neste 22 de maio, a proposta é clara: permitir-se abraçar e ser abraçado — com respeito, empatia e sensibilidade. Em meio às pressões da vida moderna, o abraço nos convida a desacelerar, abrir o corpo e o coração para o outro, e lembrar que o afeto ainda é a linguagem mais potente da humanidade.


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