O governo da Venezuela anunciou nesta terça-feira (28) que desmantelou uma “célula criminosa” que, segundo autoridades de Caracas, planejava atacar o contratorpedeiro USS Gravely, da Marinha dos Estados Unidos, ancorado em Trinidad e Tobago. O grupo teria a intenção de culpar a Venezuela, configurando uma operação de “bandeira falsa”, segundo o governo venezuelano. Durante a operação, quatro pessoas foram detidas, mas até o momento não foram divulgadas suas identidades, nem apresentadas evidências concretas que comprovem envolvimento direto da CIA, apontada por Caracas como financiadora do suposto plano. O chanceler venezuelano, Yván Gil, informou oficialmente o governo de Trinidad e Tobago sobre a alegada conspiração, afirmando que o objetivo era atacar o navio e responsabilizar a Venezuela. O episódio ocorre em um contexto de tensão crescente entre Venezuela e Estados Unidos. Recentemente, o presidente americano Donald Trump confirmou ter autorizado operações secretas da CIA na América do Sul, incluindo ações contra grupos ligados ao narcotráfico. O contratorpedeiro USS Gravely, equipado com mísseis Tomahawk, está ancorado próximo à costa venezuelana, acompanhado do porta-aviões Gerald R. Ford, em uma das maiores presenças militares americanas na região desde a invasão do Panamá, em 1989. A primeira-ministra de Trinidad e Tobago, Kamla Persad-Bissessar, rejeitou as acusações, afirmando que seu país não aceitará “chantagem” e ressaltou que os exercícios militares conjuntos com os EUA fazem parte da luta contra o crime transnacional e da cooperação em segurança, mantendo o respeito histórico à Venezuela.
                         
                        
                        
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