Foto: Reprodução/Facebook

Augusto Castro sob Cerco: Crescem as Críticas à Gestão do Prefeito de Itabuna


Itabuna vive um momento de contrastes: enquanto obras são anunciadas em redes sociais com imagens bem produzidas e discursos triunfalistas, a realidade nas ruas e nos bastidores da prefeitura aponta para um cenário inquietante. O prefeito Augusto Castro (PSD), que conquistou a reeleição com 58,9% dos votos em 2024, enfrenta o desgaste de uma gestão marcada por denúncias, promessas não cumpridas e uma crescente desconfiança popular.

 Rompimento com o vice e acusações de aparelhamento

O vice-prefeito Enderson Guinho foi o primeiro a romper o silêncio institucional. Em pronunciamento feito em junho de 2025, Guinho acusou a gestão de Castro de “desmembrar a prefeitura” em prédios alugados ao custo de R$ 1 milhão por ano, sem justificativa técnica. Segundo ele, os prédios “nunca tiveram obra iniciada”, e a estrutura administrativa estaria sendo usada como moeda de troca para alimentar interesses eleitorais da primeira-dama.


“Há uma centralização autoritária e uso da máquina pública para fins eleitorais. É inaceitável”, disse Guinho em coletiva.


 Professores demitidos e indignação sindical

Outro ponto de pressão vem da Educação. Em março deste ano, professores concursados foram exonerados sumariamente. O Sindicato do Magistério (SIMPI) denunciou as demissões como “ilegais e inconstitucionais”. A presidente, Carminha Oliveira, afirmou que houve uma “manobra administrativa para abrir espaço a contratações políticas”.


“Foi uma afronta à estabilidade do serviço público. Não há justificativa legal para isso”, declarou.


 R$ 83 milhões parados e vítimas das enchentes à própria sorte

Em 2022, Itabuna recebeu cerca de R$ 83,6 milhões em recursos federais para construir moradias às vítimas das enchentes. Em 2024, o projeto de 697 casas estava travado, com licitação cancelada e sem obras iniciadas. Críticos, como o ex-candidato Chico França, classificam o episódio como um “apagão moral da gestão Castro”.

Prioridades distorcidas: milhões em semáforos, escolas fechadas

Enquanto bairros periféricos enfrentam esgoto a céu aberto e falta de infraestrutura, a prefeitura autorizou um investimento de R$ 12 milhões em sistemas de semáforos inteligentes. Paralelamente, três escolas públicas foram fechadas, segundo denúncias da oposição na Câmara Municipal.


“É um governo que troca livros por lâmpadas. Desconectado da realidade do povo”, criticou Dinailton Oliveira (Rede).


Suspeita de servidores fantasmas: quase R$ 2 milhões mensais

Em 2023, uma bomba caiu na sede do Centro Administrativo Firmino Alves. Um relatório denunciou a existência de cerca de 800 “servidores fantasmas” na folha de pagamento, gerando um rombo estimado de R$ 1,7 milhão por mês. O caso foi encaminhado ao Ministério Público, que mantém apuração sob sigilo.

Rejeição cresce nas ruas e nas redes

Relatos em fóruns públicos como o Reddit apontam uma população desiludida:


“A cidade está abandonada. Obras intermináveis, ruas esburacadas, urubus no Centro Comercial.”

“Perdi a fé depois que ele foi reeleito. É um ciclo vicioso.”


 Um prefeito ausente nos debates

Durante a eleição de 2024, Castro foi ausente em todos os principais debates. Adversários o chamaram de “Pinóquio” e “covarde”, acusando-o de se esconder da crítica pública.


 Um governo sob tensão

A reeleição de Augusto Castro parecia consolidar sua força política em Itabuna. No entanto, os primeiros meses do segundo mandato têm sido marcados por uma escalada de denúncias, protestos, rompimentos internos e questionamentos populares.













O prefeito mantém uma postura de silêncio institucional diante das acusações mais graves. A cidade, por sua vez, aguarda respostas concretas — e não apenas publicações nas redes socia

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