O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) confirmou sua aposta no presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar (União Brasil), para disputar o governo do estado nas eleições de 2026. A aliança, revelada por fontes como a coluna de Igor Gadelha, inclui a indicação do PL para os cargos de vice-governador e para as duas vagas ao Senado na chapa bolsonarista.
Com o acordo, Bolsonaro sinaliza sua intenção de continuar influenciando o cenário político do Rio de Janeiro, mesmo após ter sido declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2023 e tornar-se réu no Supremo Tribunal Federal (STF) em 2025 por envolvimento na trama golpista que visava impedir a posse do presidente Lula. Segundo o acerto, o empresário Renato Araújo (PL), que concorreu à prefeitura de Angra dos Reis em 2024 sem sucesso, é o nome mais cotado para ser o vice na chapa de Bacellar.
Para o Senado, as vagas de destaque serão disputadas pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que tentará a reeleição, e pelo governador Cláudio Castro (PL), que já admitiu publicamente a possibilidade de renunciar ao cargo em abril de 2026 para se lançar candidato ao Senado.
A aliança fortalece Bacellar na corrida pelo governo, mas não é unânime dentro da base bolsonarista. Lideranças importantes, como o pastor Silas Malafaia, já declararam que não pretendem apoiar Bacellar, preferindo outros nomes como o de Washington Reis (MDB). Mesmo assim, Bacellar tem ampliado seu espaço político e pode chegar a assumir o governo antes mesmo das eleições caso Cláudio Castro deixe o cargo para disputar o Senado.
Essa movimentação de Bolsonaro evidencia a sua estratégia para manter influência e garantir uma presença significativa da sua base no cenário estadual e nacional, mesmo enfrentando restrições legais.

