Governo sanciona isenção do Imposto de Renda para salários até R$ 5 mil a partir de 2026

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou nesta quarta-feira a lei que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) para quem recebe até R$ 5.000 mensais. A nova regra também prevê descontos progressivos para rendas de até R$ 7.350 por mês — e entra em vigor a partir de janeiro de 2026. 

 O que muda com a nova lei?

• Quem receber até R$ 5.000 por mês ficará isento do pagamento do IR.  


• Para rendimentos entre R$ 5.000,01 e R$ 7.350, haverá desconto parcial no imposto, com alíquota reduzida conforme a faixa de renda.  


• A expectativa do governo é que a medida beneficie cerca de 15 milhões de brasileiros — sendo 10 milhões isentos e outros 5 milhões com redução no imposto.  

 Objetivos e impacto esperado

De acordo com autoridades, a medida visa aliviar a carga tributária sobre a população de menor e média renda, aumentar a renda líquida dos trabalhadores e estimular o consumo, o que pode gerar mais atividade econômica e crescimento. 

O governo afirma que a mudança representa um marco histórico na tributação da renda no país, ao ampliar de forma significativa o número de beneficiados pela isenção. 

Para compensar a redução da arrecadação, a lei prevê uma tributação maior sobre as chamadas “altas rendas” — com alíquotas ajustadas para contribuintes que auferem ganhos elevados. 

 O que permanece igual?

Apesar da mudança na faixa de isenção, a tabela progressiva do IR não sofreu alteração: as alíquotas para quem continua tributado continuam as mesmas, apenas a base de isenção e descontos foram ajustados. 

Além disso, rendimentos isentos ou com regras especiais — como poupança, heranças, indenizações, entre outros — seguem com suas disposições específicas, e não entram na base de cálculo da nova isenção.