Com o objetivo de fortalecer a segurança nas operações de escolta e transporte de presos, policiais penais da Bahia iniciaram nesta quarta-feira (11) um ciclo de treinamentos promovido pela Força Penal Nacional (FPN), coordenada pela Polícia Penal Federal. A capacitação visa padronizar os procedimentos e elevar a capacidade técnica dos agentes que atuam em atividades de risco, como escoltas judiciais, hospitalares e interestaduais.
Os treinamentos são voltados à atualização das práticas operacionais e ao aprimoramento das respostas em situações de alto risco, como tentativas de fuga, resgates de presos e ataques a comboios. Segundo a coordenação do curso, a formação busca também consolidar a doutrina institucional da Polícia Penal por meio da uniformização de condutas e técnicas operacionais.
Criada pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (SENAPPEN), ligada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, a Força Penal Nacional é composta por agentes federais e estaduais de diversas partes do país, incluindo estados como Bahia, São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará. O grupo atua em caráter extraordinário para reforçar o sistema penitenciário em momentos críticos.
Na Bahia, a presença da FPN ocorre em um momento delicado. Em 28 de maio, o Ministério da Justiça autorizou o envio da força especial para o Conjunto Penal de Eunápolis, no sul do estado, após um atentado contra um monitor de ressocialização da Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap). A operação emergencial terá duração inicial de 30 dias e tem como foco a garantia da ordem e da integridade dos servidores e internos da unidade prisional.
A capacitação atual representa mais do que uma simples reciclagem: é parte de uma política de prevenção e resposta a incidentes graves, reforçando o preparo dos policiais penais baianos diante dos desafios enfrentados no cotidiano do sistema carcerário. A expectativa é que, ao fim do treinamento, o estado esteja melhor estruturado para lidar com operações sensíveis, contribuindo para uma atuação mais segura e eficiente da força de segurança penitenciária.

