A partir deste mês de junho, os consumidores brasileiros vão sentir um impacto direto no bolso com o aumento no valor da conta de luz. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou, neste domingo, 1º de junho de 2025, que a bandeira tarifária adotada será a vermelha no patamar 1. Isso significa um acréscimo de R$ 4,463 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
A mudança na bandeira tarifária reflete o cenário hidrológico desfavorável registrado nos últimos meses, com a redução do volume de chuvas nas principais bacias hidrográficas do país e o consequente acionamento de usinas térmicas para garantir o fornecimento de energia. De acordo com a Aneel, o acionamento dessas usinas é mais caro e implica custos adicionais que precisam ser repassados para o consumidor final.
Especialistas apontam que a bandeira vermelha patamar 1 é um sinal de alerta para a necessidade de uso consciente da energia elétrica. “Com o aumento, é importante que as famílias busquem formas de economizar, como desligar aparelhos em stand-by, evitar o uso desnecessário de ar-condicionado e repensar os horários de consumo”, destacou o consultor de energia André Martins.
O impacto será sentido por todos os consumidores residenciais e comerciais que utilizam o sistema de bandeiras tarifárias, criado para sinalizar o custo real da geração de energia no país. A Aneel reforçou que o cenário hidrológico está sendo monitorado constantemente e que as bandeiras podem ser ajustadas nos próximos meses, dependendo do volume de chuvas e da situação dos reservatórios.
Enquanto isso, entidades de defesa do consumidor cobram maior transparência e medidas estruturais para reduzir o custo da energia no país. “Os consumidores não podem continuar arcando com aumentos sucessivos sem que haja uma política efetiva de incentivo a fontes alternativas e renováveis”, disse a representante da Proteste, Mariana Almeida.
A orientação para os consumidores é de que fiquem atentos ao valor da conta e considerem medidas de economia para enfrentar o período de bandeira vermelha. A previsão da Aneel é que essa cobrança adicional permaneça em vigor durante todo o mês de junho, podendo ser revisada no mês seguinte, dependendo do comportamento das chuvas e do consumo nacional.

