A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) vive um momento delicado em sua história recente, com possíveis consequências que vão além da esfera administrativa. O ex-presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, alertou nesta semana para o risco de desclassificação da Seleção Brasileira nas eliminatórias da Copa do Mundo de 2026, diante do imbróglio jurídico que envolve a condução atual da CBF e a posição da FIFA sobre o tema.
Rodrigues foi afastado da presidência da CBF por determinação judicial, e, segundo ele, a substituição ocorreu sem o reconhecimento formal da FIFA. A entidade máxima do futebol mundial não aceita interferências externas na gestão de federações nacionais, o que poderia levar à suspensão do Brasil de competições oficiais caso considere que houve violação da autonomia federativa. O risco, segundo o dirigente, é real e pode afetar diretamente a continuidade da participação do Brasil nas eliminatórias sul-americanas.
A Seleção Brasileira ainda não garantiu vaga na Copa do Mundo de 2026 e enfrenta partidas importantes contra Equador e Paraguai nos próximos compromissos. Em meio ao impasse institucional, há preocupação de que as convocações e a estrutura técnica da seleção sejam prejudicadas. A transição de comando técnico, com a aguardada chegada de Carlo Ancelotti à frente da equipe, também depende da estabilidade administrativa da confederação.
Enquanto isso, a CBF tenta consolidar a eleição de Samir Xaud como novo presidente, com o apoio de 25 das 27 federações estaduais. A nova diretoria defende que o processo foi legítimo e que está tomando todas as medidas para manter o Brasil regularizado perante a FIFA. Até o momento, a entidade internacional não se manifestou oficialmente sobre a validade da gestão atual.
A possibilidade de o Brasil ficar fora de uma edição da Copa do Mundo é inédita. Desde 1930, a Seleção participou de todas as edições do torneio. Uma suspensão por motivos institucionais representaria um marco negativo para o país que detém cinco títulos mundiais e uma das maiores tradições do futebol internacional. Além das implicações esportivas, também haveria prejuízos econômicos com patrocinadores, transmissões e receitas relacionadas à presença brasileira no maior evento do futebol global.
A expectativa agora é pela posição formal da FIFA e pela solução rápida do impasse entre a CBF e o Poder Judiciário brasileiro. Enquanto isso, o torcedor acompanha com apreensão os bastidores de uma crise que pode comprometer um dos maiores símbolos nacionais: a Seleção Brasileira de Futebol.
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